Os Lusíadas é uma obra poética do escritor,
Luís Vaz de Camões, considerada a epopeia portuguesa por excelência.
Provavelmente concluída em 1556,
foi publicada pela primeira vez em 1572
no período literário do classicismo,
três anos após o regresso do autor do Oriente.
A
obra é composta de dez cantos,
1102 estrofes que são oitavas decassílabas, sujeitas ao esquema rímico, fixo AB AB AB CC – oitava rima
camoniana. A ação central é a descoberta
do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, à volta da qual se vão
descrevendo outros episódios da história
de Portugal, glorificando o povo
português.
CANTO II
Chegados a Mombaça, os portugueses
vão enfrentar uma nova situação de perigo. De facto, e sob a influência do deus
Baco, o rei de Mombaça decide preparar uma armadilha, convidando a armada a
entrar no porto, onde seria imediatamente destruída. Para evitar quaisquer
suspeitas, Baco disfarça-se de sacerdote e alicia os marinheiros que haviam
sido enviados a terra. Sem suspeitar de nada, Vasco da Gama aceita o convite, e
não fosse novamente o auxílio de Vénus, e a viagem teria ali o seu fim. Vénus e
as Nereidas impedem com o peito que as naus entrem na barra, e logo se põem em
fuga os emissários do rei e o falso piloto.
Apercebendo-se do perigo que havia
corrido, mas sempre determinado a cumprir a sua viagem, Vasco da Gama faz uma
súplica à “Divina Guarda”. Quanto à formosa Vénus, esta vai pedir a Júpiter que
ajude os portugueses, pedido a que ele prontamente acede: para além de enviar
Mercúrio à Terra (no sentido de preparar uma amigável e calorosa recepção em
Melinde), Júpiter profetiza ainda uma série de glórias que eles haveriam de
alcançar.
A armada parte finalmente de Mombaça
em direcção a Melinde, onde vai chegar algum tempo depois e no meio de grande
festividade. O rei da cidade faz questão de visitar a embarcação de Vasco da
Gama, pedindo-lhe em seguida que narre a História de Portugal.
FONTE:http://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Lus%C3%ADadas