segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Resumo do Livro Iracema de José de Alencar



Iracema,por Atônio Parreiras (http://pt.wikipedia.org/wiki/Iracema)
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f4/Iracema_%28Antonio_Parreiras%2C_1909%29.jpg/300px-Iracema_%28Antonio_Parreiras%2C_1909%29.jpg


Resumo do Livro Iracema de José de Alencar (
publicado em 1865)

A obra conta a história de amor vivida por Martin, um português, e Iracema uma índia tabajara.
Eles apaixonaram-se quase que à primeira vista. Devido a diferença étnica, por Iracema ser
filha do pajé da tribo e por Irapuã gostar dela, a única solução para ficarem juntos, é a fuga.
Ajudados por Poti, Iracema e Martim, fogem do campo dos tabajaras, e passam a morar na
tribo de Poti (Pitiguara). Isso faz com que Iracema sofra, mas seu amor por Martim é tão mais
forte, que logo ela se acostuma, ou pelo menos, não deixa transparecer. A fuga de Iracema faz
com que uma nova batalha seja travada entre os tabajaras e os pituguaras. Pois Arapuã quer
se vingar de Martin, que "roubou" Iracema, mas Mertim é amigo de Poti, índio pitiguara, que irá
protegê-lo.

Além disso, a tribo tabajara alia-se com os franceses que lutam contra os portugueses, que são
aliados dos pitiguaras, pela posse do território brasileiro. Com o passar do tempo, Martim
começa a sentir falta das pessoas que deixou em sua pátria, e acaba distanciando-se de
Iracema. Esta, por sua vez, já grávida, sofre muito percebendo a tristeza do amado. Sabendo
que é o motivo do sofrimento de Martim, ela resolve morrer depois que der à luz ao filho.
Sabendo da ausência de Martim, Caubí, irmão de Iracema, vai visitá-la e dia que já a perdoou
por ter fugido e dado às costas à sua tribo. Acaba conhecendo o sobrinho, e promete fazer
visitas regulares aos dois.

Conta que Araquém, pai de Iracema, está muito velho e mal de saúde, devido à fuga de
Iracema. Justo no período que Martim não está na aldeia, Iracema dá luz ao filho, ao qual dá o
nome de Moacir. Sofrendo muito, não se alimentando, e por ter dado à luz recentemente,
Iracema não suporta mais viver e acaba morrendo logo após entregar o filho à Martim. Iracema
é enterrada ao pé de um coqueiro, na borda de um rio, o qual mais tarde seria batizado de
Ceará, e que daria também nome à região banhada por este rio. Ao meio desta bela história de
amor, estão os conflitos tribais, intensificados pela intervenção dos brancos, preocupados
apenas em conquistar mais territórios e dominar os indígena

Análise Crítica do Livro Iracema (de José de Alencar)

Análise Crítica


IRACEMA(de José de Alencar)
O romance conta, de forma poética, o amor quase impossível entre um branco, Martim Soares Neto , pela bela índia Iracema, a virgem dos lábios de mel e de cabelos mais negros que a asa da graúna e explica poeticamente as origens da terra natal do autor, o Ceará.
Ação
A ação inicia-se entre 1.603 e 1.604, e narra o episódio amoroso entre Martim e Iracema, esse relacionamento amoroso entre Iracema e Martim pode ser interpretado, simbolicamente, como metáfora, como alegoria representativa do cruzamento das raças indígena e branca, ou seja, o nativo e o europeu colonizador. O desenvolvimento do enredo - ruptura de Iracema com o compromisso de virgem vestal e com sua tribo, sua entrega amorosa, seu abandono e sua morte, deixando o filho Moacir, "aquele que nasce da dor", - todos esses elementos da trama narrativa confirmam a possibilidade de leitura simbólica. A própria construção do personagem Iracema é feita a partir da natureza, de comparações com elementos da fauna e da flora mais especificamente do Ceará.
A coerência e coesão presentes no desenrolar do enredo estão em perfeita concordância com os fatos narrados, possibilitando assim melhor entendimento do leitor.
O romance em discurso possui um único núcleo, porque a relação entre a jovem índia e o fidalgo português domina toda a obra.
Sedução
Enquanto esperavam a volta de Caiubi, Iracema se apaixona por Martim mas não pode se entregar a ele porque como afirma o pajé: “Se a virgem abandonou a flor de seu corpo,  ela morrerá. Uma noite Martim pede a Iracema o vinho de Tupã já que não está conseguindo resistir aos encantos da  virgem. O vinho que provoca alucinações permitirá que ele em sua imaginação possuísse a jovem índia como se fosse realidade. Iracema lhe dá a bebida e enquanto, ele imaginava estar sonhando Iracema torna-se sua esposa.
O Tempo
O encontro da natureza (Iracema) e da civilização(Martim) projeta-se na duplicidade da marcação temporal. Há em Iracema um tempo poético, marcado pelos ritmos da natureza e pela percepção sensorial de sua passagem (as estações ,a lua,o sol a brisa), e que predomina no corpo da narrativa, e um tempo histórico, cronológico, onde os fatos ocorrem em seu devido momento.



Personagens
  • Iracema: Índia da tribo dos tabajaras, filha de Araquém, velho pajé; era uma espécie de vestal (no sentido de ter a sua virgindade consagrada à divindade) por guardar o segredo de Jurema (bebida mágica utilizada nos rituais religiosos); anagrama de América."A virgem dos lábios de mel.(personagem redonda ou esférica)
  • Martim: Guerreiro branco, amigo dos pitiguaras, habitantes do litoral, adversários dos tabajaras; os pitiguaras lhe deram o nome de Coatiabo.(personagem redonda ou esférica)
  • Moacir: Filho de Iracema e Martim, o primeiro brasileiro miscigenado.(personagem plana)
  • Poti: Herói dos pitiguaras, amigo (que se considerava irmão) de Martim.(personagem plana)
  • Irapuã: Chefe dos guerreiros tabajaras; apaixonado por Iracema.(personagem plana)
  • Caubi: Índio tabajara, irmão de Iracema.(personagem plana)
  • Jacaúna: Chefe dos guerreiros pitiguaras, irmão de Poti.(personagem plana)
  • Araquém: Pajé da tribo Tabajara. Pai de Iracema e Caubi.(personagem plana)
  • Batuirité: o avô de Poti, o qual denomina Martim Gavião Branco, fazendo, antes de morrer, a profecia da destruição de seu povo pelos brancos.(personagem plana)
Foco Narrativo
A obra é escrita em terceira pessoa, temos um narrador-observador, isto é, um narrador que caracteriza as personagens apenas a partir do que pode observar de seus sentimentos e de seu comportamento, como se percebe no trecho: "O sentimento que ele (Martim) pôs nos olhos e no rosto não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara." (Capítulo 2), especialmente no momento em que o narrador coloca em dúvida a reação emocional de Martim, flechado por Iracema. O narrador conta a história do ponto de vista de Iracema, isto é, do índio, privilegiando os seus sentimentos e não os de Martim, que representa o branco colonizador. Mas o narrador  está longe de se manter neutro e um mero observador, demonstra os adjetivos reveladores de admiração principalmente em referência a natureza brasileira e a Iracema.
Romance
O romance em discurso é um romance fechado, pois o romancista coloca todos os pingos nos”ii”, é tudo bem claro, as personagens morrem com o romance.

Fonte:Livro: Iracema de José de Alencar

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Adeus de Teresa






A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta
a correnteza,
A valsa nos levou nos giros
seus...
E amamos juntos... E depois
na sala
"Adeus" eu disse-lhe
a tremer co'a fala...
E ela, corando, murmurou-me: "adeus."
Uma noite... entreabriu-se um reposteiro...
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus...
Era eu... Era a pálida Teresa!
"Adeus" lhe disse conservando-a presa...
E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!"
Passaram tempos... sec'los de delírio
Prazeres divinais... gozos do Empíreo...
... Mas um dia volvi aos lares meus.
Partindo eu disse — "Voltarei!... descansa!...
Ela, chorando mais que uma criança,
Ela em soluços murmurou-me: "adeus!"
Quando voltei... era o palácio em festa!...
E a voz d'Ela e de um homem lá na orquestra
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei!... Ela me olhou branca... surpresa!
Foi a última vez que eu vi Teresa!...
E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"




Fonte: www.dominiopublico.gov.br
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/castro-alves/o-adeus-de-teresa.php


Autor: Castro  Alves

domingo, 11 de setembro de 2011

Canção do Africano

Castro Alves

Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão ...
De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!
"Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!
"0 sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver de tarde a papa-ceia!
"Aquelas terras tão grandes,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar ...
"Lá todos vivem felizes,
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro".
O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
Pra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar!
O escravo então foi deitar-se,
Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sol nascer,
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado,
Pois bastava escravo ser.
E a cativa desgraçada
Deita seu filho, calada,
E põe-se triste a beijá-lo,
Talvez temendo que o dono
Não viesse, em meio do sono,
De seus braços arrancá-lo!


Fonte: www.secrel.com.br
Link:http://www.portalsaofran...-canção-do-africano.php#

Canção do Africano

Castro Alves

Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão ...
De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!
"Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!
"0 sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver de tarde a papa-ceia!
"Aquelas terras tão grandes,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar ...
"Lá todos vivem felizes,
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro".
O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
Pra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar!
O escravo então foi deitar-se,
Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sol nascer,
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado,
Pois bastava escravo ser.
E a cativa desgraçada
Deita seu filho, calada,
E põe-se triste a beijá-lo,
Talvez temendo que o dono
Não viesse, em meio do sono,
De seus braços arrancá-lo!


Fonte: www.secrel.com.br
 link:http://www.portalsaofran...-canção-do-africano.php#

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Muito Barulho Por Nada


No livro Muito Barulho por Nada, o Príncipe Dom Pedro juntamente com seu irmão o maldoso Don João e seus nobres Cláudio e Benedito regressam da guerra para a vila de Messina, prontos para diversão e amor. Claudio ama Hero, a jovem e doce filha do nobre Leonato, mas Benedito por sua vez, detesta Beatriz a sobrinha espirituosa de Leonato que tem uma língua afiadíssima e que odeia Benedito. Conforme Cláudio e Hero se prepararam para o seu casamento, eles decidem com a ajuda de Don Pedro, enganar Benedito e Beatriz, fazendo com que confessem seu amor um ao outro. O plano funciona bem, até que Don João que tem inveja do poder de seu irmão e de sua afeição por Claudio arma uma cena com um de seus tenentes, onde ele deveria levar uma das damas de compania de Hero, Margarida até a janela da jovem antes do casamento. Don João leva Don Pedro e Claudio para a casa de Leonato, onde eles vêem o encontro da dama  de compania com o tenente e estão convencidos de que a mulher na janela é Hero. No dia seguinte, Claudio humilha Hero publicamente no casamento e a rejeita. Ela desmaia e Leonato é convenido pelo frade a fingir que ela está morta até que a situação se resolva. O insensato vigilante Dogberry gerencia a detenção onde os tenentes de Don João foram presos e confessam toda a verdade. Claudio fica devastado ao saber que matou (humilhou-a em público no dia de seu casamento, era mais ou menos a mesma coisa, morte social) Hero com falsas acusações. Ele implora a Leonato que o puna, e Leonato diz a ele sua punição é para casar com sua outra sobrinha (sem ser Beatriz), que é quase uma cópia da sua falecida filha Hero. Claudio concorda, mas primeiramente passa a noite em luto velando por Hero e declara a todos sua inocência. Don João escapa de Messina. Na manhã seguinte, Claudio vai se casar em segredo com a misteriosa prima de sua amada Hero, e quando remove o véu descobre que ela é na verdade Hero. Eles ficam muito felizes, mas Beatriz e Benedito quase se separam ao descobrirem que eles foram enganados para que confessassem seus sentimentos um ao outro. No final, quando está tudo resolvido, Don João é preso e trazido de volta para enfrentar seu castigo,  Benedito e Beatriz se casam.

 OBS: Esse livro conta uma comédia na qual tem danças, festas de mascarados, cerimônia de casamento, príncipes e condes, damas nobres e damas de compania, tramas , calúnias, desafios para duelo, confrontos verbais, cerimônia fúnebre, e até morte e fuga  que se revertem, tem dores e amores, e há também o vilão de história vingativo e cheio de ódio, ou seja é SHAKSPEARE.

 

Link: ( http://virtualbooks.terra.com.br/freebook/shakespeare/muito_barulho_por_nada.htm)

domingo, 28 de agosto de 2011

MEDÉIA

Medéia narra um drama de uma mulher apaixonada, que deixa tudo
para trás, sua família e sua pátria para seguir um homem chamado Jasãoque é o seu grande amor. Ela é filha de um rei, e usa de seus poderes para ajuda-lo a vencer todos os obstáculos impostos por seu pai para separá-los. Eles saem vitoriosos, no entanto Medéia é repudiada por seu marido, que a deixa para ficar com a filha do rei Creonte. Injustiçada com a traiçao de Jasão, Medéia tranforma todo aquele amor em ódio e sofrimento e só é motivada  por um terrível desejo de vingança contra Jasão, no qual ela em meio a muita revolta e sofrimento acha que a única saída para vingar se de Jasão seria tirando a vida do rei Creonte e de sua filha, para causar mais dor a Jasão Medéia também planejava sacrificar os seus próprios filhos com Jasão. Seus planos saíram como bem ela planejava e a tragédia aconteceu  seus filhos o rei creonte e sua filha foram sacrificados para desespero e sofrimento de Jasaõ...

OBS: Essa tragédia aborda temas como: amor e ódio, traiçaõ, sofrimento, morte. São sentimentos que uma mulher traída pode sentir levando-a a cometer uma tragédia, que foi um grande drama causou um verdadeiro horror, repúdio nas pessoas, pois eram coisas incomuns de acontecerem, esse tipo de comportamento era algo que disafiava as leis divinas e sociais.

Referência: livro Medéia (Autor: Eurípedes) n° 882 E891.Ps 2005

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Este espaço é reservado para leituras e escrita ao curso de letras portugês, aqui você poderá conhecer textos literários, teóricos e críticos em torno dos estuodos linguíticos e literários.